É certo que ser um líder deixou de significar apenas um cargo. Agora, ele é um acumulado de comportamentos positivos para a empresa e o grupo liderado.
Para colaborar no desenvolvimento de futuros gestores, fortalecendo e estimulando esse tipo de comportamento, existem as dinâmicas para treinamento de liderança.
Alguns dos principais objetivos de treinamento de liderança são os desenvolvimentos de hábitos como proatividade, trabalho em equipe, autoconfiança, senso de análise, busca de soluções, desenvolvimento de inteligência emocional, entre outros.
Promover esses princípios trazem resultados satisfatórios para o crescimento empresarial e pessoal, independentemente do cargo que o funcionário atua.
Para auxiliar na realização de atividades que potencializam todas essas práticas no grupo de colaboradores da sua empresa, separamos cinco dicas de dinâmicas que podem integrar um programa de treinamento comportamental voltado para liderança.
Confira!
1. Dinâmica do nó humano
Para realizar essa dinâmica, será necessário pelo menos 10 participantes e um mediador, que será instruído pelo facilitador.
Em primeiro lugar, o mediador deve pedir para que todos os participantes formem um círculo e deem as mãos, decorando quem está à sua direita e quem está à sua esquerda.
Depois, os participantes soltam as mãos, fecham os olhos e caminham por alguns segundos até que o mediador mande-os parar. Ao abrir os olhos novamente, cada um deve localizar quem estava ao seu lado e tentar dar as mãos novamente, mas sem sair do lugar.
O resultado será o nó humano, que precisa ser desfeito pelo mediador, sem que as mãos se soltem. Será permitida a interferência somente por um número limitado de vezes e com o consenso do grupo.
A ideia da dinâmica é fazer com que os participantes entendam que os problemas vivenciados no ambiente de trabalho devem ser resolvidos com a ajuda de todos, por meio de soluções criativas.
Durante o processo, haverá participantes que terão destaque por atitudes de liderança na organização do grupo.
2. Dinâmica das torres
Para esta atividade serão necessários vendas para os olhos e palitos de fósforos. O facilitador irá avisar que todos devem construir torres e, quanto mais altas, melhor. A seguir, divide o grupo em equipes de quatro membros: um operário, um supervisor e dois observadores.
O operário terá os olhos vendados e, com a orientação do supervisor, monta a torre de palito de fósforos, formando um quadrado de dois sobre dois.
Os observadores farão notas da relação entre o supervisor e o operário, assim como a produtividade alcançada pela dupla, que possui três minutos para construir a torre. Depois, os papéis são invertidos e os observadores serão supervisor e operário e vice-versa.
Ao fim, o facilitador irá iniciar uma discussão com os participantes da dinâmica, questionando como foi atuar como operário, como supervisor e o que os observadores podem sugerir para melhorar o desenvolvimento do processo.
Essa dinâmica irá ajudar na reflexão sobre os tipos de liderança que cada um exerce.
3. Dinâmica do material radioativo
O principal foco dessa dinâmica é desenvolver a confiança entre os líderes e sua equipe, estimulando um ambiente saudável e cooperativo.
Para realizar a atividade, o facilitador deve dividir os participantes em dois grupos, e a metade de cada grupo irá deitar no chão (preferencialmente em colchonetes ou algum tapete), com as pessoas colocando cabeça com cabeça, formando uma fila de duplas unidas por ela.
O próximo passo é pedir para que todos que estão no chão levantem os braços, formando um tipo de cama.
Os participantes que estão de pé irão deitar sobre as mãos dos participantes do chão e precisarão passar um a um do começo até o fim da fila sem cair, da forma mais rápida e ágil possível.
Todos os participantes deitados devem imaginar que em suas mãos há um material radioativo, que precisa ser manuseado com muito cuidado, para evitar grandes danos e ser entregue de forma segura ao final do trajeto.
Depois, os papéis precisam ser invertidos para que todos tenham a mesma experiência. A intenção é fazer com que todos trabalhem em equipe e sintam a confiança um no outro.
Quando a dinâmica acabar, deve-se abrir um convite para que compartilhem as experiências e impressões que a atividade realizada causou e quais foram os aprendizados.
4. Dinâmica do caos
O facilitador deve pedir para que todos saiam do ambiente onde as dinâmicas estão sendo realizadas.
Ele irá bagunçar toda sala, derrubando objetos, espalhando papéis e revistas, alterando a disposição de móveis e mudando como for possível todos os itens que preenchem o espaço.
Depois disso feito, o facilitador volta a chamar os participantes e, quando perguntarem o que aconteceu, ele irá dizer: “vocês podem fazer o que quiserem na sala, sou cego, surdo e mudo”.
A partir de então, ele avaliará, em silêncio, a atitude que cada um irá ter, observando quem tenta organizar a equipe de trabalho, quem toma mais iniciativa e quem irá procrastinar.
O principal objetivo é perceber as aptidões de cada um, através de demonstrações de proatividade em reordenar ou colaborar na reorganização do ambiente.
5. Dinâmica do autofeedback
Para realizar a atividade, todos os líderes participantes devem receber uma caneta e um papel em branco. Em seguida, serão convidados a refletir e escrever na folha quais são as características positivas que possuem e em quais pontos acreditam que precisar melhorar.
Ao fim, cada um deve ler e pensar nas possibilidades de como melhorar o seu próprio desempenho ou da equipe liderada.
Caso sintam-se à vontade para compartilhar, o facilitador poderá abrir a discussão em que todos dividem suas impressões e, juntos, possam encontrar soluções para os pontos apresentados.
Essa dinâmica é muito simples, mas pode trazer ótimos resultados, principalmente porque são raras as vezes em que paramos para nos autoavaliar. Esta também é uma forma de aproximar o grupo e estimular o trabalho em equipe.
É interessante estabelecer alguns cronogramas de treinamentos de liderança que abordem diferentes temas, sendo possível observar durante as atividades, competências tais como: capacidade de trabalhar em equipe, foco nos resultados, atitudes de iniciativas, ética, superação, empatia e postura.
As dinâmicas podem ser usadas em recrutamentos, seleções, processos de aprendizagem, interação ou treinamento de liderança e gestão de pessoas.
Elas irão servir para motivar e sensibilizar o colaborador a lidar de forma diferenciada com os desafios da empresa e também do grupo.
Deixe seu comentário