A gestão participativa, como sugere o termo, reivindica um modo diferente de administrar, deixando de lado o modelo tradicional e hierárquico de gerir e dando boas-vindas à inclusão e participação de todos aqueles que compõem uma empresa.
De antemão, podemos dizer que essa ideia busca transformar a forma de encarar os processos administrativos e estratégicos de uma corporação, solicitando a participação ativa dos colaboradores da empresa.
Veja, a seguir, mais detalhes sobre como a gerência participativa funciona, como aplicá-la e quais são os benefícios desse tipo de gestão.
O que é gestão participativa?
É um modelo administrativo que leva em consideração a participação e cooperação de todos os colaboradores no processo administrativo e estratégico da empresa. Esse tipo de administração é fundamentado pela colaboração, confiança e liberdade.
Além disso, ele busca suavizar os padrões hierárquicos para que os funcionários da empresa possam se sentir seguros e motivados a participar das discussões em prol do bem-estar da organização.
Ou seja, a gestão participativa constrói pontes e estreita relações à medida que rompe com um modelo rígido e convencional de gerir.
Como funciona a administração participativa?
Ela funciona a partir da descentralização da hierarquia e da motivação e adesão dos profissionais envolvidos. Portanto, para que isso aconteça, será necessário tornar os processos internos e as decisões do negócio mais transparentes e coletivas.
Em outras palavras, o funcionamento desse tipo de gestão está totalmente atrelado a um sentimento de inclusão e segurança por parte dos trabalhadores.
Ou seja, os profissionais da sua organização não devem sentir medo ou vergonha de colaborar, pelo contrário, devem se sentir motivados pela oportunidade. Afinal, sua participação será apreciada e, de fato, ponderada.
Como implementar a gestão participativa?
1. Converse sobre gestão e hierarquia com os profissionais
O primeiro passo para inserir esse novo modelo é conversar abertamente com os seus colaboradores sobre a possibilidade.
A partir dessa conversa é possível sentir se os profissionais estão abertos à mudança e entendem o significado de uma gestão participativa e como essa forma de gerenciar pode influenciar na carreira profissional de cada um deles.
2. Analise se a empresa se adequa ao modelo participativo
Depois de “medir a temperatura”, será necessário analisar se o perfil profissional de seus funcionários se alinha aos princípios da administração participativa. Se a resposta for sim, bola para frente, hora de mudar a forma como você gerencia sua empresa.
Se o resultado for negativo, você terá duas opções: seguir com o seu modelo atual de gestão ou estimular seus colaboradores a fazerem diferente.
A escolha, mais uma vez, é sua, ou melhor, sua e de seus liderados - inclusive, a tomada dessa decisão também pode ser coletiva, dando uma palinha de como a administração participativa funciona.
3. Possibilite novas experiências à equipe
O próximo passo será colocar o novo modelo em prática, ou seja, dar início à inclusão da equipe nos processos administrativos, estratégicos e decisórios da organização. Para isso, lembre-se de criar um plano de ação em que todos os profissionais estejam envolvidos, ok?
Possibilite novas vivências aos trabalhadores, estimule a interatividade de todos os participantes, incentive o compartilhamento de experiências, invoque a comunicação produtiva e o brainstorming.
4. Monitore a receptividade da gestão participativa
Depois de incentivar a equipe a experienciar a administração colaborativa, será necessário monitorar os processos participativos e, de tempos em tempos, mensurar seus resultados.
Faça pesquisas individuais e coletivas sobre o formato, analise a receptividade desse tipo de gestão estratégica de pessoas, procure entender quais são as motivações e resistências em relação à proposta.
A partir disso, torna-se possível lapidar ainda mais sua administração e tomar as medidas cabíveis para melhorar o que foi percebido durante o monitoramento.
5. Compartilhe os resultados positivos
Um dos pontos mais importantes no processo de implementação de uma gestão com essas características é o compartilhamento dos resultados positivos.
Afinal de contas, os profissionais que colaboraram para que houvesse resultados positivos receberão esse retorno e o utilizarão como combustível para os próximos desafios.
Quais são os benefícios da gerência participativa?
Ela proporciona diversos benefícios para a corporação, entre eles o aumento do comprometimento dos profissionais com os objetivos da empresa, uma vez que recebem autonomia para se desenvolverem como profissionais e recebem crédito pela colaboração e trabalho desempenhado.
Outra vantagem de uma gestão nesses moldes é a otimização de recursos e a redução de custos, visto que, com a descentralização da autoridade, os profissionais envolvidos tendem a se responsabilizar mais e, com isso, tomar decisões mais assertivas, pensando no coletivo.
Além disso, o compartilhamento de experiências entre diversos profissionais e áreas distintas impulsiona a criatividade e a inovação no ambiente de trabalho.
Aliás, esse tipo de valorização e incentivo são mecanismos que favorecem a retenção de talentos na empresa, pois funcionam como uma injeção de ânimo para que os trabalhadores se mantenham no local. Profissionais que se sentem úteis e valorizados se transformam em colaboradores motivados e satisfeitos.
Agora que você conheceu mais sobre a gestão participativa, aprendeu como implementá-la e conheceu seus benefícios, você está pronto para tomar a melhor decisão possível de acordo com a realidade da sua empresa.
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